sexta-feira, 31 de julho de 2015

CRONOLOGIA DAS PINTURAS DAS CATACUMBAS ROMANAS - SÉCULO II e III


A SAMARITANA JUNTO AO POÇO - FINS DO SÉCULO II - ROMA - CATACUMBA PRAETEXTATUS
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Cronologia das pinturas das catacumbas: séculos II e III
Mantém-se a controvérsia a respeito das pinturas das catacumbas, em especial sobre a data das mais antigas. No século XIX, pensou-se que eram anteriores ao século I, mas hoje julga-se terem começado no século II.
Possivelmente, as pinturas mais antigas de túmulos romanos foram as da Cripta Ampliatus, na Catacumba Domitilla, na Via Ardeatina (A, B).  Na base da parede existe um lambrim pintado imitando mármore embutido e, acima deste, um anteparo parecido com uma série de tremós formado por uma sucessão de colunatas estreitas que infundem a noção de desempenhar realmente 'uma função estrutural. Esse género decorativo deriva do chamado «quarto estilo pompeiano» e parece representar um compartimento numa casa particular. Em confronto com um fresco de Óstia, dá a impressão de datar aproximadamente de meados do século II.
Os frescos que adornam as abóbadas e alguns vastos nichos no hipogeu dos Flávios, também na Catacumba Domitilla, são um pouco anteriores. Vários desenhos de retângulos, triângulos, círculos e trapézios destacam-se de um fundo claro. O interior, todo em volta, e' alegre e atraente, pela diversidade de pequenas flores, folhagens, aves e outros pequeninos seres,
O SACRIFÍCIO DE ABRAÃO - 225-240 D.C - ROMA - CATACUMBA PRISCILLA
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Espalhados positivamente ao acaso. Esta técnica impressionista nota-se particularmente no famoso cupido alado que se encontra no alto de uma das abóbadas. Salienta-se pela sua atitude graciosa e pelo leve adejar das finas asas (p. 178). A abóbada da galeria principal do hipogeu está primorosamente decorada. A todo o comprimento tem suportes em que se enlaçam trepadeiras, produzindo um efeito extraordinário. As próprias trepadeiras, em conjunto com os tons pálidos do teto, dão a impressão de estarem iluminadas por uma luz radiante.
As pinturas da Câmara de Urania, na Catacumba Praetextatus, em Roma, que se descobriu agora serem do fim do século ir, contêm cenas do Novo Testamento: a Ressurreição de Lazaro, a Samaritana junto do Poço (c) e a tão falada Coroação de Espinhos (D). Estão feitas em escuro, com raios brancos e amarelos em pontos estratégicos, dando-lhes extraordinário realce.
CENA DO CICLO DE SUSANA - FINS DO SÉCULO II - ROMA - CATACUMBA PRISCILLA
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Na Catacumba Lucina, em Roma, há pinturas com peixes simbólicos, cestos com pão e vinho, representando Cristo e a Sagrada Eucaristia. Na Catacumba Callixtus, também em Roma, existem cenas, que se julga serem parte do Ciclo de Jonas, pintadas nas abóbadas da chamada Câmara dos Sacramentos. Esses frescos são provavelmente anteriores ao século III, como os da Cappella Greca, na Catacumba Priscilla, em Roma. O mais remoto (como, por exemplo, Cristo Partindo 0 Pão) fica no exterior, sobre um fundo vermelho (p. 179); os outros, mais recentes, como, por exemplo, os do Ciclo de Susana, têm a contrastar um fundo amarelo (E).
Outra pintura executada nos meados do século III a famosa Virgem Arenária e o Menino, na seção anexa da mesma catacumba (p. 180). É a mais antiga pintura da Virgem que se conhece c parece irradiar um poderoso sentimento humano e realista.
A COROAÇÃO DE ESPINHOS - FINS DO SÉCULO II - ROMA - CATACUMBA PRAETEXTATUS
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Outros frescos de grande mérito artístico são os que ornam o hipogeu dos Aurélios. Apresentam as solenes figuras dos apóstolos ladeados por cenas narrativas; estão retratados de acordo com o ritmo e as proporções clássicas, com extrema leveza de formas. Os eruditos concordam quase unanimemente em que essas pinturas devem datar de 225 a 240.
Aproximadamente a mesma época foi atribuída ao fresco representando o sacrifício de Abraão, na Câmara Velata, da Catacumba Priscilla,
DECORAÇÕES DAS PAREDES DA CRIPTA DE AMPLIATUS - 150 D.C. - ROMA - CATACUMBA DOMITILLA
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Onde a figura do patriarca contrasta com um fundo claro, numa composição extremamente bem equilibrada Representa o momento anterior ao sacrifício, quando Abraão se detém ao lado de Isaac, seu filho, que traz um molho de palha às costas. A técnica das pinceladas fortesie rápidas foi aplicada nas sombras claras dos olhos, do nariz e do queixo das duas figuras (F). Os frescos da domus ecclesine (casa-igreja) e a sinagoga em Dura Europos, na Mesopotâmia, pertencem ao mesmo período, ou até ao anterior. Dura Europos era uma cidade fronteiriça romana, descoberta em 1931.
Tinha sido capturada e destruída pelos Persas no ano 256, pelo que os achados ali efetuados se revestiram do maior significado para determinar a data desses antigos frescos. Os da domus ecclesíae que representam cenas do Antigo e Novo Testamentos e constituem os mais antigos frescos de baptistério existentes; os da sinagoga proporcionaram o único exemplo hebraico de paredes cobertas inteiramente de pinturas (p. 181). Um dos mais importantes aspectos das pinturas de Dura Europos é a enorme série de assuntos dos dois Testamentos.

DECORAÇÕES DAS PAREDES DA CRIPTA DE AMPLIATUS - 150 D.C. - ROMA - CATACUMBA DOMITILLA
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A ARTE CRISTÃ PRIMITIVA - SÉCULOS III E IV

ÂNCORA E O PEIXE - SÉCULO III - ROMA - CATACUMBA PRISCILLA
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A ARTE CRISTÃ PRIMITIVA
Declínio do Império Romano O Império Romano declinou lentamente, no período compreendido entre os séculos III e IV, o que deu azo a que o impulso à arte oficial fosse proporcionado pelo Estado e por uma economia em expansão. O povo voltou-se para o mistério religioso de Leste, para o conforto espiritual numa época de confusão, em que se difundia o interesse pelo judaísmo, até este ser eclipsado pelo cristianismo.  Desde que o Império foi assolado pelas invasões bárbaras, a lealdade passou a ser uma alternativa espiritual, e a escolha imperial do culto religioso era uma expressão do destino do Império. Por essa época, a igreja cristã desenvolvia se- Arigenes tornara a cristandade respeitada intelectualmente (c. l85-253) e não podia ficar ignorada por muito tempo.
As perseguições de Décio, Valeriano e Diocleciano de nada valiam; e quando Galério, então governador da parte leste do Império Romano, invadiu a Itália, voltou-se para o cristianismo, cujo deus, na sua opinião, o tinha magoado. Fora um dos que aconselhara Diocleciano a perseguir os cristãos, e agora promulgava a lei da tolerância. Esse ato, porém, não lhe assegurou a vitória. Após a batalha de Ponte Milvius, perto de Roma, ganha por Constantino, este proclamou, em 313, o Edito de Milão, de acordo com Licínio, e o cristianismo foi admitido como religião.
JERUSALÉM CELESTE - 230-240 D.C - ROMA - HIPOGEU DOS AURÉLIOS
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O alvorecer do cristianismo
Os primeiros modelos da arte cristã provêm do desenvolvimento artístico que ocorreu nos últimos séculos do Império Romano. Como os primeiros cristãos viveram numa época de elevada cultura, é perfeitamente lógico que tenham tomado avanço na corrente que tendia para as artes decorativas e ai imprimissem a expressão da sua própria religião e das suas aspirações espirituais. Conquanto adoptassem a linguagem artística vulgar, por necessidade ou em alternativa, nunca exprimiram os seus ideais do Evangelho senão no seu próprio estilo.
Também é significativo que o testemunho artístico dos primeiros cristãos, que mantinham a fé para alcançar melhor vida no futuro, se revelasse na pintura e escultura dos túmulos-indicação clara de que o seu principal interesse não consistia na vida deste mundo, mas na que devia vir para além dos limites do tempo.

CATACUMBA ROMANA - CEMITÉRIO DOS PRIMEIROS MÁRTIRES CRISTÃOS 
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Pintura
Julga-se que nas catacumbas de Roma estejam as mais antigas pinturas cristãs (B). Por vezes, encontram-se pinturas dessas nas decorações de paredes das criptas, ou caves subterrâneas, onde foram sepultadas e veneradas as relíquias dos mártires, e também nas abóbadas e paredes dos nichos, geralmente quadrados, destinados a túmulos que devem ter pertencido a uma só família. Veem-se com menos frequência rios corredores dos túmulos. A técnica usada era a pintura a fresco.
Nem todas essas pinturas cristãs atingem alto grau artístico. Não conseguiram chegar a uma expressão lírica ou um verdadeiro sentido poético, por terem sido executadas principalmente por simples artistas e artificcs que repetiam certas cenas tiradas da arte popular, distinta das tradições da classe mais elevada. Trabalhavam com diferente nível de perícia, mas com escasso respeito pela estética. O declínio da forma clássica na última arte romana pode explicar-se pelo renascimento do elemento popular. Na cena da Jerusalém Celeste, no hipogeu (câmara fúnebre) dos Aurélios em Roma (C), a visão aérea tem sido atribuída a uma origem popular. A suprema indiferença pela forma clássica nas figuras de Adão e Eva (D) da Catacumba de San Pietro e San Marcellino, em Roma, pode ter a mesma origem.

ADÃO E EVA - MEADOS DO SÉCULO VI - ROMA - CATACUMBAS DE SÃO PEDRO E SÃO MARCELLINO
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quarta-feira, 29 de julho de 2015

PINTURA DECORATIVA ROMANA


PORMENOR DE CHÃO DE MOSAICO - SÉCULO IV - PIAZZA - AMERINA - SICÍLIA - VILA 
ROMANA DEL CASALE
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Pintura decorativa romana
Os nossos conhecimentos sobre a pintura romana não provêm da arte oficial de Roma, mas da decoração de casas particulares e túmulos. Do século ir a. C. ao ano 79 da nossa era, a história da pintura romana decorativa encontra-se bem documentada nas paredes das casas de Pompeia e Herculano, assim como em delicados exemplares em Roma e noutras partes da Itália. Do ano 79 em diante, a evidência é muito mais fragmentária algumas casas, túmulos pintados e, a partir do século In, as pinturas das catacumbas cristãs em Roma.

DISCÓRIDES DE SAMOS - MENDIGOS E MÚSICOS - 100 A.C. - NÁPOLES - MUSEO NAZIONALE
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O primitivo estilo romano de decoração interior é comum numa vasta área do território helenístico, e certamente foi introduzido na Itália vindo do Leste da Grécia. Nesse estilo, a parede era concebida para dar a ideia de placas de mármore de diversas cores, imitando as construções de alvenaria da Grécia (p. 167). Este estilo primitivo foi a base arquitetural de toda a decoração interior romana que se seguiu. O chamado «estilo de Pompeia» transformou esse esquema-base, fazendo um retrocesso da parede por meio da perspectiva da arquitetura, que, segundo parece, deriva dos cenários de teatro helênico, mostrando uma vista de um parque e jardim ou figurando cenas e paisagens atrás de colunas. Os maiores frisos pintados, tais como os da Villa dei Misteri, em Pompeia (p. 168), ou as Paisagens da Odisseia, agora estão ligados a este segundo estilo de decoração. Correntes posteriores em desenho decorativo consistiam em fazer as paredes ou parte delas como se fossem um biombo aparentemente ocultando a vista, ou, por vezes, como uma superfície plana, dividida em painéis por desenhos de fantástica arquitetura, como os «grotescos» da Casa Dourada de Nero que inspiraram a obra de Rafael nas Loggie do Vaticano. O estilo de decoração de paredes compreende muitas vezes painéis pintados sobre o fundo.
O CAVALO DE TRÓIA - DE POMPEIA - SÉCULO I - NÁPOLES - MUSEO NAZIONALE
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O último estilo do ano 70, aproximadamente, introduz novamente visões barrocas de arquitetura no plano de fundo. Nos esquemas de decoração, os artistas introduziam uma rica variedade de motivos *frisos e painéis, vistas de mar e campo, paisagens com figuras, naturezas-mortas, retratos, etc. A origem desta pintura vem, na sua maior parte, da Grécia, conquanto não seja fácil avaliar, pois as antigas versões romanas diferem das originais sobre elementos de pintura romana.
O CAVALO DE TRÓIA (PORMENOR) - DE POMPEIA - SÉCULO I - NÁPOLES - MUSEO NAZIONALE
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O problema é bem claro nas ambiciosas composições de frisos no segundo estilo de paredes por exemplo, as que mostram as cerimónias da iniciação dos ritos dionisíacos na parede de um quarto da Villa dei Misteri, em Pompeia, onde as figuras são nitidamente inspiradas na arte helenística, apesar de toda a composição ser provavelmente feita por um romano da época. O mesmo problema surge no caso das cenas campestres que ilustram o décimo e undécimo livros da Odisseia, encontrados numa casa do Monte Esquilinho, em Roma, e atualmente na Biblioteca do Vaticano. Uma das características da última pintura helenística consiste no excessivo interesse pela paisagem, mas ignora-se o que as cenas panorâmicas, apresentadas como vistas de um ponto alto, com emprego considerável da perspectiva linear e aérea, devem ao estilo da época em que foram executadas. Como no caso da escultura, os pintores da época romana interessavam-se imenso pelos problemas do espaço e da perspectiva.

RAFAEL (PORMENOR) - DECORAÇÃO DA LOGGIA - 1519 - ROMA - VATICANO
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De facto, nunca terminavam uma linha aérea de perspectiva, mas continuavam-na através da criação de magistrais efeitos ilusórios, como na Entrada do Cavalo na Cidade de Tróia e, em várias paisagens daquele período.  Essas pinturas eram feitas num estilo que se poderia
Chamar impressionista, com as figuras modeladas em manchas de tinta em claro-escuro.
Apesar de serem feitas por artistas modestos, os grandes painéis pintados com composições do terceiro e quarto estilos de Pompeia têm um interesse especial pela luz que projetaram nas obras-primas da pintura grega. Não há dúvida de que muitos foram copiados pelos famosos pintores gregos dos períodos clássico e helenístico, de que ainda existem várias réplicas.
Um exemplo típico consiste no quadro que nos mostra o herói Perseu libertando Andrômeda. O que sabemos sobre as últimas pinturas gregas provém dessas cópias romanas, conquanto esse conhecimento deva ser empregado cuidadosamente, visto que as réplicas diferem muito umas das outras. Mas nem todos os assuntos da pintura romana decorativa são gregos. A predileção por paisagens e jardins, como o magnífico jardim da Villa de Lívia, na Prima Porta, parece ser romana, assim como o gosto pelas naturezas-mortas e composições em trompe
Depois da destruição de Pompeia, no ano 79, é muito fragmentada a informação sobre o desenvolvimento da pintura romana. Continuaram a ser usadas as mesmas bases de decoração, e as paredes pintadas de Óstia e de outros locais ainda existentes são versões inferiores ou simplificadas de esquemas já conhecidos em Pompéia. Só se podem tirar as conclusões mais incertas sobre o estilo das figuras pintadas. No tempo de Trajano e Adriano, na primeira metade do século II, houve uma restauração do classicismo, com os seus finos contornos e precisa modelagem a cor, o que parece ter sido continuado no período antonino (138-192) pelo renascimento da maneira impressionista.
RAFAEL - A VIDA DE JESUS - DO TETO DA LOGGIA, 1519 - ROMA - VATICANO
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Decoração em mosaico
A tradição da decoração em mosaico, no Império Romano, está estreitamente ligada à pintura. Os primitivos mosaicos de Pompeia eram executados em pequeníssimas tésseras (pequenos cubos de pedra colorida) e imitavam as pinturas gregas, tais como os famosos mosaicos de Alexandre, da Casa do Fauno, em Pompeia, que se crê serem copiados de pinturas do século IV A. C. As pinturas em trampe l`oeiI, cenas campestres e cenas de inspiração egípcia, parecem ser de inspiração helenística. Nos séculos Ir e In, os esquemas para tapetes, baseados no desenho geométrico, contendo figuras e outros pormenores pitorescos, constituem a mais típica decoração em mosaico, mas todas as composições com figuras em ponto grande que foram encontradas pertencem ao último período romano. Os mais belos exemplares são os mosaicos do século IV, da Piazza Armerina, na Sicília. No século IV, as mais belas decorações de tetos eram de mosaico, segundo a moda característica da arte primitiva bizantina e da arte cristã. Um dos mais expressivos exemplos é a decoração da abóbada do claustro de Santa Costanza, em Roma, que data de meados do século IV.
O painel pintada é uma porção distinta da parede numa espécie de moldura saliente. (Não se deve confundir com a emprega do termo que designa uma pintura móvel, geralmente executada sobre madeira.)

Muitas paredes pintadas fórum transferidas para painéis de madeira para conservação em museus. Às paredes de mosaico dentro de uma área definida são também apresentadas como painéis.

ESTÁTUA DE ANTÍNOO - 130 D.C. - DELFOS - GRÉCIA MUSEU

ESTÁTUA DE ANTÍNOO (PORMENOR) - 130 D.C. - DELFOS - GRÉCIA - MUSEU
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CABEÇA DO IMPERADOR TRAJANO DÉCIO 250 D.C.

CABEÇA DO IMPERADOR TRAJANO DÉCIO - 250 D.C. - ROMA - MUSEO CAPITOLINO


A CABEÇA DO IMPERADOR CONSTANTINO - 313 D.C.

CABEÇA DO IMPERADOR CONSTANTINO - BASÍLICA DE CONSTANTINO - 313 D.C. - ROMA - PALAZZO DEI CONSERVATORI


RETRATO REPUBLICANO - ESTÁTUA DE UM HOMEM SEGURANDO BUSTOS

RETRATO REPUBLICANO - ESTÁTUA DE UM HOMEM SEGURANDO BUSTOS DOS SEUS ANTEPASSADOS - PRINCÍPIOS DO SÉCULO I - ROMA - PALAZZO BARBERINI
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