terça-feira, 28 de julho de 2015

ESTÁTUA DO IMPERADOR AUGUSTO - DA VILA DE LÍVIA - PRIMA PORTA


ESTÁTUA DO IMPERADOR AUGUSTO - VILA DE LÍVIA - PRIMA PORTA - 14 D.C.
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0 mesmo desenvolvimento artístico que a escultura imperial em relevo. O realismo rígido do retrato no fim da República, nos derradeiros anos do último século antes de Cristo, transforma-se, pela perícia e delicadeza da escultura helenística, num gênero que, embora firmemente baseado na Natureza, idealiza as feições humanas. Estas características encontram-se bem patentes nos retratos oficiais idealizados do imperador Augusto, dos quais o mais belo é a famosa estátua da Villa de Lívia, na Prima Porta (D). Mostra o imperador em trajos militares; os relevos da couraça comemoram no ano 20 a. C., dos estandartes capturados pelos Partos na batalha de Carras. A pose deriva de uma estátua clássica grega, 0 rosto e a figuras mostram o imperador como ele desejava aparecer ao mundo. Tal como os relevos históricos, a escultura de retrato imperial tem a sua forma grandiosa e o seu estilo naturalista mais íntimo. Há bustos de Augusto que o apresentam como um homem em trajo civil, mais dócil, mais sensível, embora se revelem, não obstante, idealizados na concepção.
A arte de retrato de um reinado depende, em larga escala, do gosto particular do imperador. Com os imperadores Flavianos registou-se uma reação contra a tradição idealística nos estudos do retrato de Vespasiano

CABEÇA DE VESPASIANO - 70 D.C. - LONDRES - BRITISH MUSEUM
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No tempo de Trajano e Adriano, a tendência idealista volta ao primeiro plano. Nota-se principalmente na barba dos retratos do imperador Adriano e nas estátuas do seu favorito Antínoo (B), que morreu no ano 130, e cujos retratos foram encontrados em diversos lugares do Império Romano. Nos retratos de Marco Aurélio (161-180) (p. 30, c), há uma mudança fundamental, do mesmo género de ‹‹expressionismo›> encontrado nos relevos históricos da época. Os escultores atentavam muito mais na interpretação das características fisicas do homem. Tentaram pôr de parte elementos de carácter e experiência, e simplificar, ou até mesmo modificar, o rosto e a expressão. Em muitos retratos do século nr, como na cabeça do imperador Trajano Décio (C), notam-se, como decerto '-se pretendia, os sofrimentos e as tragédias da época transparecendo nos olhos. Ao primeiro relance, o estilo pesado dos retratos do tempo de Diocleciano, no fim do século III, é uma reminiscência da pintura republicana; mas a escultura, simplificando a forma, tenta levar a uma visão completamente diferente, que, alguns anos mais tarde, conduz à nova concepção da pintura, em que a Natureza era transformada num desprendimento desumano de uma pureza simbólica que exprimia a majestade do imperador Constantino

BUSTO DE MARCO AURÉLIO - 175 D.C. - ROMA - MUSEO NAZIONALE ROMANO
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